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terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Golfinhos




Os golfinhos ou delfins são animais mamíferos cetáceos pertencentes à família Delphinidae. São perfeitamente adaptados para viver no ambiente aquático, existem 37 espécies conhecidas de golfinhos, dentre os de água salgada e água doce. A espécie mais comum é a Delphinus delphis.

São nadadores privilegiados, às vezes, saltam até cinco metros acima da água, podem nadar a uma velocidade de até 40 km/h e mergulhar a grandes profundidades. Sua alimentação consiste basicamente de peixes e lulas. Podem viver de 25 a 30 anos e dão à luz a um filhote de cada vez. Vivem em grupos, são animais sociáveis, tanto entre eles, como com outros animais e humanos.

Sua excelente inteligência é motivo de muitos estudos por parte dos cientistas. Em cativeiro é possível treiná-los para executarem grande variedade de tarefas, algumas de grande complexidade. São extremamente brincalhões, pois nenhum animal, exceto o homem, tem uma variedade tão grande de comportamentos que não estejam diretamente ligados às atividades biológicas básicas, como alimentação e reprodução. Possuem o extraordinário sentido de ecolocalização ou biosonar ou ainda orientação por ecos, que utilizam para nadar por entre obstáculos ou para caçar suas presas.


O habitat de 33 espécies de golfinho é na água salgada, perto da costa ou no mar aberto. Porém 5 espécies vivem em rios e lagos, como o Boto da Amazônia. Alguns, de água doce, vivem no encontro da água doce com a salgada.


Os predadores dos golfinhos são os tubarões, as orcas e o ser humano. Os pescadores de atuns, costumam procurar por golfinhos, que também os caçam, ocasião em que ocorre um mutualismo. O golfinho encontra o cardume e os pescadores jogam as redes aprisionando os peixes e deixam os golfinhos se alimentarem para depois puxarem as redes. Desse modo, ambas as espécies se beneficiam do alimento. Porém muitas vezes os golfinhos acabam se enroscando nas redes, podendo morrer.

Os golfinhos são caçadores e alimentam-se principalmente de peixes e lulas, mas alguns preferem moluscos e camarão. Muitos deles caçam em grupo e procuram os grandes cardumes de peixes. Cada espécie de peixe tem um ciclo anual de movimentos, e os golfinhos acompanham esses cardumes e por vezes parecem saber onde interceptá-los, provavelmente conseguem estas informações pela excreções químicas dos peixes, presentes na urina e as fezes.
O golfinho possui o extraordinário sentido da ecolocalização, trata-se de um sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois consegue produzir sons de alta freqüência ou ultra-sônicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de “clicks” ou estalidos. Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos nasais ou aéreos. Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido do que no ar. A freqüência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie.

Quando o som atinge um objeto ou presa, parte é refletida de volta na forma de eco e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o cérebro. Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação dessas informações acústicas geradas pela ecolocalização.

Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido. Quanto mais perto está do objeto que examina, mais rápido é o eco e com mais freqüência os estalidos são emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objeto ou presa em movimento. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue segui-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objetos simultaneamente.


O golfinho possui o extraordinário sentido da ecolocalização, trata-se de um sistema acústico que lhe permite obter informações sobre outros animais e o ambiente, pois consegue produzir sons de alta freqüência ou ultra-sônicos, na faixa de 150 kHz, sob a forma de “clicks” ou estalidos. Esses sons são gerados pelo ar inspirado e expirado através de um órgão existente no alto da cabeça, os sacos nasais ou aéreos. Os sons provavelmente são controlados, amplificados e enviados à frente através de uma ampola cheia de óleo situada na nuca ou testa, o Melão, que dirige as ondas sonoras em feixe à frente, para o ambiente aquático. Esse ambiente favorece muito esse sentido, pois o som se propaga na água cinco vezes mais rápido do que no ar. A freqüência desses estalidos é mais alta que a dos sons usados para comunicações e é diferente para cada espécie.

Quando o som atinge um objeto ou presa, parte é refletida de volta na forma de eco e é captado por um grande órgão adiposo ou tecido especial no seu maxilar inferior ou mandíbula, sendo os sons transmitidos ao ouvido interno ou médio e daí para o cérebro. Grande parte do cérebro está envolvida no processamento e na interpretação dessas informações acústicas geradas pela ecolocalização.

Assim que o eco é recebido, o golfinho gera outro estalido. Quanto mais perto está do objeto que examina, mais rápido é o eco e com mais freqüência os estalidos são emitidos. O lapso temporal entre os estalidos permite ao golfinho identificar a distância que o separa do objeto ou presa em movimento. Pela continuidade deste processo, o golfinho consegue segui-los, sendo capaz de o fazer num ambiente com ruídos, de assobiar e ecoar ao mesmo tempo e pode ecoar diferentes objetos simultaneamente.

A ecolocalização dos golfinhos, além de permitir saber a distancia do objeto e se o mesmo está em movimento ou não, permite saber a textura, a densidade e o tamanho do objeto ou presa. Esses fatores tornam a ecolocalização do golfinho muito superior a qualquer sonar eletrônico inventado pelo ser humano.A temperatura dele varia com a da água 28 a 30°C.




Cephalorhynchus
Golfinho-de-commerson, Cephalorhynchus commersonii
Golfinho-chileno, Cephalorhynchus eutropia
Golfinho-de-heaviside, Cephalorhynchus heavisidii
Golfinho-de-hector, Cephalorhynchus hectori
Steno
Golfinho-de-dentes-rugosos, Steno bredanensis
Sousa
Golfinho-corcunda-do-atlântico, Sousa teuszii
Golfinho-corcunda-do-índico, Sousa plumbea
Golfinho-corcunda-indopacífico, Sousa chinensis
Sotalia
Boto-cinza, Sotalia fluviatilis
Tursiops
Gofinho-roaz, Tursiops truncatus
Golfinho-flíper-comum, Tursiops aduncus
Stenella
Golfinho-pintado-pantropical, Stenella attenuata
Golfinho-pintado-do-atlântico, Stenella frontalis
Golfinho-rotador, Stenella longirostris
Golfinho-clímene, Stenella clymene
Golfinho-listrado, Stenella coeruleoalba
Delphinus
Delfim-comum, Delphinus delphis
Golfinho-comum-de-bico-longo, Delphinus capensis
Golfinho-comum-de-bico-muito-longo, Delphinus tropicalis
Orcinus
Orca (Baleia assassina), Orcinus orca
Lagenorhynchus
Golfinho-de-bico-branco, Lagenorhynchus albirostris
Golfinho-de-laterais-brancas-do-Atlântico, Lagenorhynchus acutus
Golfinho-de-laterais-brancas-do-Pacífico, Lagenorhynchus obliquidens
Golfinho-do-crepúsculo, Lagenorhynchus obscurus
Golfinho-de-peale, Lagenorhynchus australis
Golfinho-ampulheta, Lagenorhynchus cruciger

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

cágado-comum (Mauremys leprosa)



Dimensões: 189-212 mm.

Alimentação: vegetais e invertebrados. Pode também ingerir peixes e anfíbios.

Os seus predadores são as garças, cegonhas e rapinas e também o javali, a lontra e a raposa.

Apresenta actividade diurna. Hiberna nas zonas frias.

Reprodução: final da Primavera. As posturas ocorrem durante os meses de Junho e Julho. A fêmea escava um buraco fora de água onde enterra os ovos, cujo número pode variar entre 1-12.

fura-panascos (Chalcides striatus)



Dimensões: 210 mm de comprimento cabeça-corpo (435 mm de comprimento total).

Alimentação: lesmas, grilos, moscas, escaravelhos e aranhas.

São predados pelas cobras, sardões, rapinas, garças, ouriços cacheiros, raposas, ginetas, doninhas, texugos, sacarrabos e javalis.

A fuga e a capacidade de largar a cauda são os seus principais meios de defesa.

Tem hábitos diurnos, com actividade entre Fevereiro e Outubro.

Reprodução: Desde a Primavera ao Verão. O nascimento das crias ocorre durante Julho e Agosto. É uma espécie ovovivípara em que nascem 1-15 crias.

cobra-cega (Blanus cinereus)



Dimensões: 260-280 mm de comprimento.

Alimentação: formigas, larvas de insectos e outros artrópodes subterrâneos.

São predadas pelos sardões, cobras, picanços, rapinas e sapos.

Na presença dos predadores enrola o corpo sobre si mesmo ou contorce-se violentamente. Também pode largar a cauda e, ocasionalmente, morder.

Encontra-se activa desde Fevereiro até Novembro. Tem actividade tanto diurna como nocturna, possuindo hábitos subterrâneos.

Reprodução: Antes da Primavera. As posturas ocorrem nos meses de Junho e Julho, sendo formadas por 1 só ovo de grande tamanho.

cobra-rateira (Malpolon monspessulanus)



Dimensões: 2 m de comprimento (maior cobra portuguesa).

Alimentação: outras cobras, roedores, lagartixas, juvenis de coelhos e sardões.

São predadas por rapinas, sacarrabos e pelos javalis.

O seu principal meio de defesa consiste na fuga. Quando ameaçada, pode tornar-se agressiva, ergue a cabeça, sopra e morde. Produz um forte veneno neurotóxico mas, apesar disso, não é perigosa para o homem pois é opistoglifa (dentes inoculadores do veneno situados na região posterior da boca).

É tipicamente diurna, embora no Verão se torne crepuscular. É uma espécie muito ágil que trepa e nada com grande facilidade.

Reprodução: Primavera. As cópulas ocorrem entre Maio e Junho e 1 mês depois, as fêmeas põem entre 4-20 ovos debaixo de pedras, manta morta ou em tocas de roedores ou de coelhos. A incubação demora 2 meses.

cobra-de-escada (Elaphe scalaris)



Dimensões: 150 cm de comprimento.

Alimentação: roedores, lagartixas, juvenis de coelho, aves adultas e juvenis. Pode ser constritora em várias situações.

São predadas pelas rapinas e pelo sacarrabos.

É uma espécie agressiva quando perturbada, podendo produzir sons, segrega um líquido pela cloaca e tenta morder. Não possui veneno pelo que não é perigosa para o ser humano - espécie Aglifa.

É tipicamente diurna, passando a crepuscular nos dias mais quentes.

É uma espécie ágil que trepa facilmente às árvores e a edifícios.

Reprodução: final da Primavera até meados do Verão. As fêmeas depositam entre 4-24 ovos, debaixo de pedras, tocas abandonadas ou mesmo em buracos por si escavados.
Durante a incubação, as fêmeas têm alguns cuidados com a postura. A eclosão surge 1-3 meses depois.

cobra-de-ferradura (Coluber hippocrepis)


Dimensões: 80-150 cm de comprimento

Alimentação: roedores, osgas, lagartixas, sardões e aves.

São predadas pelas rapinas e pelo sacarrabos. Quando está em perigo, enrosca-se, dilata a cabeça, emite sons e pode morder. É no entanto inofensiva para o homem pois é Aglifa (sem dentes inoculadores de veneno).

Tem hábitos diurnos, passando por um período de inactividade entre Novembro e Março.

É uma cobra ágil e trepadora.

Reprodução: durante a Primavera e o início do Verão. As posturas são formadas por 4-11 ovos e têm lugar frequentemente em Julho. As fêmeas depositam os ovos debaixo de troncos em decomposição e em tocas abandonadas. A incubação demora 6-8 semanas.

cobra-lisa-bordalesa (Coronella girondica)


Dimensões: 70 cm de comprimento.

Alimentação: lagartos, osgas, fura-panascos e pequenas cobras.

São predadas por rapinas, outras cobras, javalis e pequenos carnívoros.

É uma espécie pacífica cuja mordedura é rara e inofensiva. O seu principal meio de defesa é a libertação de uma substância de cheiro desagradável que expele pela cloaca.

Tem hábitos crepusculares e mesmo nocturnos. Está activa de Março a Outubro.

Reprodução: Os acasalamentos ocorrem entre Maio e Junho e as posturas em Julho. As posturas são constituídas por 5-10 ovos, dependendo do tamanho da fêmea. A incubação demora 1-2 meses.

Cobra-de-água-de-colar (Natrix natrix)



Dimensões:100-120 cm de comprimento total.

Alimentação: invertebrados, anfíbios e peixes.

São predadas pelas cobras rateiras, rapinas, lontras, fuinhas e ginetas.

Os seus mecanismos de defesa consistem na libertação de uma substância de cheiro desagradável e pode fingir-se de morta, adoptando posições de ventre exposto, boca aberta e permanecendo imóvel. É uma espécie Aglifa pelo que não é perigosa para o homem.

Tem hábitos diurnos e está activa de Março a Outubro. Tem actividade tanto terrestre como aquática, sendo muito ágil, veloz e boa nadadora.

Reprodução: Primavera e Outono. As fêmeas depositam 6-70 ovos entre Junho e Julho, debaixo de troncos estrume e em buracos naturais. Por vezes, a postura é comunal, observando-se no mesmo local, centenas de ovos. A eclosão ocorre 1-2 meses depois.

cobra-de-água-viperina (Natrix maura)



Dimensões: 65-70 cm de comprimento.

Alimentação: alimenta-se essencialmente na água, ingerindo anfíbios, peixes pequenos e invertebrados.

São predadas pelas cobras rateiras, garças, rapinas e lontras.

Quando ameaçadas podem fingir-se de mortas, libertar substâncias de cheiro desagradável, aumentar a cabeça tornando-a mais triangular (aspecto de víbora) e emitir silvos.

Tem hábitos diurnos, estando activa entre Março e Outubro. A sua actividade pode ser terrestre ou aquática mas, comparativamente, com a cobra-de-água-de-colar é mais aquática, sendo menos ágil em terra.

Reprodução: Primavera. As fêmeas pode ter múltiplos acasalamentos e em geral depositam os seus ovos (4-32) entre Junho e Julho. A postura é colocada entre as raízes de arbustos e material em decomposição. A eclosão demora 1-3 meses a ocorrer.

Víbora-cornuda (Vipera latastei)


Dimensões: 70 cm de comprimento.

Alimentação: micromamíferos, lagartixas, juvenis de sardões, aves, anfíbios e insectos.

São predadas por rapinas, javalis, sacarrabos, ginetas, ouriços cacheiros e por outras cobras.

Como mecanismo de defesa usa a fuga, embora quando ameaçada sopre e tente morder.
Produz um veneno de propriedades proteolíticas, perigoso mesmo para o ser humano - espécie solenoglifa (possui os dentes inoculadores do veneno situados na região anterior da boca).

É uma espécie diurna, embora nos dias mais quentes passe a ser crepuscular ou mesmo nocturna.

Reprodução: Primavera. É uma espécie ovovivípara em que a fêmea origina 5-8 crias no final do verão.

Na Tapada de Mafra, foi detectada na zona do Celebredo e no Sunível (maior n.º de indivíduos detectado junto à lagoa).

Está classificada como Vulnerável, segundo Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal.

lagarto-de-água (Lacerta schreiberi)



Dimensões: 125 mm de comprimento cabeça-corpo (a cauda pode medir 2x o comprimento do corpo).

Alimentação: moscas, mosquitos, gafanhotos e escaravelhos. Podem também ingerir frutos silvestres. São predados pelas rapinas, cegonhas, ginetas e lontras.

O seu mecanismo de defesa consiste na fuga, camuflagem e a capacidade de largar a cauda.

É uma espécie activa desde Fevereiro até Outubro, altura em que hiberna.

Reprodução: Desde Abril até Julho. As posturas são feitas em locais expostos sem vegetação, entre Maio e Julho. O tamanho da postura varia entre 6-17 ovos, dependendo do comprimento da fêmea. A eclosão demora cerca de 2-3 meses.

Sardão (Lacerta lepida)


Dimensões: 150-260 mm de comprimento cabeça-corpo (a cauda pode atingir o dobro do comprimento do corpo).

Alimentação: escaravelhos, borboletas, gafanhotos, abelhas, aranhas e centopeias, sendo complementada com vegetais e frutos. Podem também caçar lagartixas e pequenos mamíferos.
Têm uma grande capacidade trepadora, o que lhes permite comer ovos e crias de aves mas também escapar de predadores.

Esta espécie é predada por rapinas, cegonhas, garças, cobras e vários mamíferos carnívoros.

O seu principal mecanismo de defesa é a velocidade e, quando ameaçado, ergue a cabeça e abre muito a boca, chegando mesmo a morder.

Estão activos entre Março e Outubro, altura em que iniciam a hibernação.

Reprodução: Primavera. Nesta altura os machos tornam-se territoriais, ocorrendo por vezes violentas lutas. As cópulas ocorrem de Março a Maio, tendo lugar as posturas entre Maio e Junho (5-22 ovos). Para que tenham humidade, os ovos são enterrados debaixo de pedras, troncos ou manta morta. A incubação demora 2-3 meses.

Osga-comum (Tarentola mauritanica)



Dimensões: 150 mm de comprimento total (85 mm de cabeça-corpo).

Alimentação: insectos.

São predadas pelas cobras, sardões, aves de rapina, gatos, ouriços cacheiros e ratazanas. Como defesa tem a capacidade de largar a cauda (autotomia) e emite sons de alarme quando ameaçada.

Espécie de hábitos crepusculares e nocturnos. Em geral, permanece activa todo o ano, excepto nas regiões mais frias onde hiberna.

Reprodução: Desde a Primavera ao Verão. Durante a reprodução os machos tornam-se territoriais e assinalam esses territórios através da emissão de sons. As fêmeas fazem mais de uma postura anual, geralmente entre Abril e Junho. As posturas são formadas por 1-2 ovos que são depositados debaixo de pedras ou em buracos, e que são incubados durante 4-12 dias em locais quentes e até 9 meses em locais frios.

Lagartixa-do-mato-comum (Psammodromus algirus)



Dimensões: 90 mm de comprimento cabeça-corpo (300 mm de comprimento total).

Alimentação: escaravelhos, aranhas, formigas, gafanhotos e pseudo-escorpiões. Esporadicamente, também podem ingerir juvenis de lagartixas de outras espécies ou mesmo da sua e também vegetais.

São predadas pelas cobras, sardões, picanços, cegonhas, rapinas, raposas e ginetas.

Os seus meios de defesa são as suas capacidades trepadoras e a capacidade de largar a cauda.

Estão activas desde a Primavera até ao Outono.

Reprodução: De Abril a Julho. As fêmeas podem ter 2-3 posturas entre Maio e Julho. Cada postura é formada por 2-12 ovos que eclodem entre Agosto e Outubro, após 1-3 meses de incubação.

lagartixa-ibérica (Podarcis hispanica)




Dimensões: 70 mm de comprimento cabeça-corpo.

Alimentação: moscas, mosquitos, centopeias, aranhas, formigas, gafanhotos e escaravelhos.
Nas cidades, também podem consumir restos de alimentos e detritos.

São predadas por várias espécies tais como: sardões, cobras, rapinas, garças, cegonhas, picanços, sacarrabos e gineta.

Os seus principais meios de defesa são a fuga e a capacidade de largar a cauda.

Estão activas na maior parte do ano, bastando para isso temperaturas superiores a 13ºC.

Reprodução: o acasalamento ocorre em Fevereiro, tendo as cópulas lugar entre Fevereiro e Abril. As fêmeas podem pôr 2-3 posturas por ano, sendo cada uma formada por 1-5 ovos. A eclosão ocorre entre Junho e Setembro, após cerca de 2 meses de incubação.

Toupeira-comum (Talpa europaea)


A toupeira-comum, de nome científico Talpa europaea, pertence à família dos Talpídeos.

Esta espécie está activa tanto de dia como de noite, passando a maior parte da sua vida no interior de uma rede de túneis, escavados com as suas patas anteriores com a forma de pás.

Alimentam-se quase exclusivamente de minhocas, mas podem também ingerir insectos e lesmas.

Os acasalamentos têm lugar sobretudo durante o mês de Abril e, após cerca de 28 dias, nascem 3-4 crias por ninhada.

É facilmente detectada pelos montinhos terra à superfície dos túneis.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

coelho-bravo (Oryctolagus cuniculus)



O coelho-bravo pertence à família dos Leporídeos, da qual faz parte a lebre (não existe na TNM).

Vivem em colónias e os seus vários elementos depositam os excrementos em locais certos - latrinas. Dentro da colónia existe uma forte hierarquia social, onde os dominantes têm direito a ocupar os melhores ninhos.

É uma espécie herbívora que ingere erva, raízes e folhas.

O seu máximo de actividade ocorre de noite e ao crepúsculo.

Os acasalamentos ocorrem durante todo o ano, com a maior parte das ninhadas a nascerem entre Abril e Junho. O tempo de gestação é de 28-33 dias, após o qual nascem 3-12 crias. Poderão ocorrer entre 3-7 ninhadas por ano. As crias nascem cegas, surdas e sem pêlo.

Faz parte da dieta alimentar de uma grande variedade de carnívoros, que vão desde os mamíferos às aves de rapina.

ouriço-cacheiro (Erinaceus europaeus)


ouriço-cacheiro pertence à família dos Erinacídeos.

Possui o corpo coberto por espinhos que vão sendo substituídos de modo irregular.

Tem comportamento nocturno, sendo bastante esquivo.

É uma espécie omnívora que ingere minhocas, insectos, aranhas, lesmas, anfíbios, juvenis de roedores, frutos e cogumelos.

São animais solitários e não territoriais.

A reprodução ocorre na primavera, após a hibernação. Após 31-35 dias, nascem as crias, em número de 4-6.

Texugo (Meles meles)



O Texugo é o último representante da família dos Mustelídeos existente na Tapada.

Tem hábitos nocturnos e comportamento muito esquivo sendo, por isso, de difícil observação. Entra em letargia de Novembro a Fevereiro e vive em grupos sociais.

A reprodução ocorre sobretudo entre Fevereiro e Maio, nascendo 1-5 crias por ninhada (gestação efectiva de 7 semanas).

É um animal omnívoro, ingerindo minhocas, insectos, roedores, toupeiras, coelhos, frutos e bolbos.

Toirão (Mustela putorius)



O toirão também pertence à família dos Mustelídeos mas é de tamanho superior ao da doninha (macho: 30-46 cm; fêmea: 29-35 cm).

Esta espécie tem hábitos nocturnos, sendo os machos solitários e as fêmeas vivem com os juvenis.

São carnívoros, alimentando-se de roedores, insectos, aves e minhocas, alimentos esses que armazena.

A reprodução ocorre entre Março e Junho e após 42 dias nascem as crias em número de 2-12.

A forma domesticada é designada por Furão que era no passado utilizado pelos caçadores para tirar os coelhos da toca.

Doninha (Mustela nivalis)


Representante da família dos mustelídeos de pequeno tamanho (machos: 202-314 m; fêmeas: 173-181 mm).

Esta espécie está activa tanto de dia como de noite, alternando períodos de actividade com períodos de descanso.

A reprodução ocorre em meados de Abril/Maio e em Julho/Agosto, e após cerca de 34-37 dias, nascem as crias em número de 4 a 6. Os cuidados parentais são só da responsabilidade da fêmea.

É uma espécie carnívora que se alimenta essencialmente de roedores pois é suficientemente pequena para os perseguir dentro das próprias tocas.

São animais solitários.

gineta (Genetta genetta)



Parecida com um gato de pequeno tamanho, esta espécie tem hábitos nocturnos e comportamento esquivo, sendo, por isso, de difícil observação.

É uma espécie carnívora que se alimenta de roedores, aves e mesmo répteis. Tem grandes capacidades trepadoras.

Devido ao facto de depositar os seus excrementos sempre nos mesmos locais, latrinas, a sua presença é de fácil identificação.

A reprodução ocorre em meados de Fevereiro/Março ou Julho/Agosto e, após 11 semanas, nascem as crias, em número de 1-4, num ninho construído num tronco ou buraco entre rochas.

Possui as glândulas odoríferas bastante desenvolvidas e situadas junto à cauda.

saca-rabos (Herpestes ichneumon)



De corpo alongado e de patas curtas, esta espécie tem hábitos diurnos mas é de comportamento esquivo o que a torna de difícil observação. Frequentemente apoia-se apenas nas patas posteriores para melhor observar o que o rodeia.

É uma espécie carnívora que se alimenta basicamente de coelhos, roedores, aves, ovos e répteis.

Vive em grupos familiares formados pela progenitora, crias e juvenis (ninhada anterior).

A época de reprodução ocorre em Fevereiro/Março e após cerca de 84 dias, nascem as crias em número de 4 a 6.

Tal como os seus parentes africanos, o saca-rabos é resistente ao veneno das cobras.

Uma curiosidade, o saca-rabos apresenta a pupila horizontal, caso raro nos mamíferos.

Raposa (Vulpes vulpes)


A raposa é um canídeo que abunda em liberdade pela TNM, embora de efectivo populacional desconhecido.

É um animal territorial que delimita a sua área através de dejectos (colocados em cima de tufos de erva ou de pedras), urina e outras secreções. Nesse território, escava a sua rede de tocas.

A reprodução ocorre de Dezembro a Janeiro e, após cerca de 50 dias, nascem as crias em número de 4 a 5.

Tem sobretudo hábitos nocturnos ou crepusculares, tornando-se mais diurna no Verão onde os alimentos são mais escassos. Nesta época, é frequente ingerir frutos.

As observações directas são escassas mas pode-se encontrar inúmeros vestígios tais como pegadas, excrementos ou mesmo o odor corporal. As visitas nocturnas e do amanhecer são as mais aconselháveis para quem as quer observar

Javali (Sus scrofa)





Representando a família dos Suídeos, esta espécie de hábitos essencialmente crepusculares e nocturnos, abunda e circula por toda a TNM.

Os machos são mais corpulentos que as fêmeas e possuem os dentes caninos mais salientes (sobressaem na beiçada - navalhas e amoladeiras).

Dependendo da idade, os javalis possuem vários tipos de pelagem: nascem com listas escuras longitudinais sendo assim designados por “listados”. A partir dos 6 meses, vão perdendo progressivamente as listas ficando acastanhados. Por volta de 1 ano de vida, ficam mais escuros, de tons cinzentos a pretos.

São animais omnívoros que remexem o solo à procura de sementes, frutos, raízes, tubérculos e pequenos invertebrados. Também são oportunistas podendo caçar coelhos, répteis, roedores e alimentarem-se de mesmo de cadáveres (mais intenso na época de verão em que os outros alimentos escasseiam).

As crias, em número de 1-10, nascem no final do Inverno, início da Primavera, após cerca de 4 meses de gestação. Os nascimentos ocorrem em abrigos especiais que as progenitoras constroem.

Gamo (Cervus dama)





Gamo, Cervus dama, é o Cervídeo mais abundante na TNM (ultrapassa os 300 indivíduos) e também o mais sociável com o ser humano.

Tal como a maioria dos Cervídeos, só os machos possuem hastes que nesta espécie são espalmadas. As hastes são estruturas ósseas de crescimento descontínuo, que caem anualmente na Primavera, crescendo de imediato umas novas, que atingem o seu tamanho máximo em finais do mês de Julho.

Durante o Outono, os machos adultos lutam entre si pela posse das fêmeas. Durante esta altura, emitem roncos aos quais se chama brama. A brama tem como objectivo despertar a atenção das fêmeas e dissuadir machos concorrentes.

As crias, normalmente 1 por fêmea, nascem em meados de Maio/Junho, após cerca de 7 meses de gestação.

Possui duas pelagens ao longo do ano: a de Inverno de tons escuros e homogénea e a de Verão de tons mais claros e mosqueada.

É uma espécie herbívora que se alimenta essencialmente de erva, frutos, rebentos de árvores e de arbustos. Durante a época de Verão são colocados suplementos alimentares em estruturas próprias - comedouros.

Esta espécie é de fácil observação pois tem hábitos diurnos e circula por toda a Tapada. Para além disso, possuímos também alguns exemplares em cercado com o objectivo de facilitar as observações se as condições meteorológicas forem adversas.