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terça-feira, 26 de agosto de 2008

Gado Bovino



O gado bovino é composto por bois - termo que, em sentido amplo, dá nome ao animal mamífero, ruminante, artiodáctilo, com par de chifres não ramificados, ocos e permanentes, do gênero Bos em que se incluem as espécies domesticadas pelo homem.

O boi, em sentido estrito, é o macho castrado, sem possibilidade reprodutiva da espécie Bos taurus (família Bovidae), sendo também usado na denominação vernacular do indivíduo pertencente ao gado bovino.

A vaca é a fêmea desta espécie e o touro é o macho com os testículos intactos, com aptidão reprodutiva. É um mamífero, artiodáctilo e ruminante. Seus chifres são em par, ocos, não ramificados e permanentes. Uma curiosa característica dessa espécie é a presença de tetas; de fato, os bois apresentam glândulas mamárias proeminentes, em nada distinguíveis das tetas da vaca.


Possui duas subespécies, a saber: Bos taurus taurus (gado taurino, de origem européia) e Bos taurus indicus (gado zebuíno, de origem asiática). Os cruzamentos entre os indivíduos de ambas as divisões é freqüente tanto em programas de melhoramento genético dos rebanhos, quanto em propriedades aonde a monta é natural e sem controle algum. Esses híbridos são muito usados para combinar a produtividade do gado taurino com a rusticidade e adaptabilidade a meios tropicais do gado zebu.



Leite - bezerro mamando

O gado doméstico descende do auroque na Europa e do guar na Ásia, começou a ser domesticado entre 5.000 e 6.000 anos atrás, servindo como animal de carga ou fornecendo carne, leite e couro. Era pouco comum criar gado para alimentação. O animal era comido apenas se morresse ou não fosse mais útil para carga ou para fornecer leite. Ao contrário da cabra, também servia como animal de carga, mas precisava de pastagens maiores. Hoje em dia, no entanto, os bovinos são largamente utilizados para a produção de proteína cárnea. A cadeia produtiva da carne engloba vários ramos de negócios, que vão desde a fabricação de ração e o ensino de profissionais qualificados (Médicos veterinários, zootecnistas, agrônomos) até empresas de consultoria em sistemas de comércio exterior.



Principais raças de bovinos criadas no Brasil

As raças foram desenvolvidas com vista na especialização em determinado tipo produtivo. Tem-se as principais:

Subespécie B. taurus taurus



Exemplar de touro da raça Nelore, em Avaré

Angus - do nordeste da Escócia, sem chifres, para corte



Caracu - para corte e como animal de tração
Charolais ou charolês - para carne
Devon
Frísia, ou Holstein - para leite
Hereford
Holandês
Limousin - da França
Nguni, típica de África
Simental ou semental ou suíça-malhada

Subespécie B. taurus indicus


Exemplar de touro da raça Guzerá, em Avaré

Brahman ou zebu americano, sagrado na Índia



Gir - do sul da Índia
Guzerá - Guzerat ou Kankrej, principal raça da Índia
Hariana
Nelore no Brasil, chamada Ongole na Índia - para corte
Zebu

Raças "sintéticas" brasileiras



Frutos de cruzamentos entre as demais:

Naobrasil - cruzamento de Nelore e Zebu
Simbrasil - cruzamento de Simental e Zebu para corte
Girolando - cruzamento de Holandês e Gir com dupla aptidão
Toledo - cruzamento de Holandês e Simental
Bravon - cruzamento de Devon e Brahman para corte
Canchim - cruzamento de Charolais e Zebu



Principais raças de bovinos criadas em Portugal

Raças autóctones portuguesas


Vaca barrosã

Para além das raças que conseguiram grande expansão quantitativa e geográfica, como as atrás indicadas, existem milhares de raças autóctones, resultantes de pressões selectivas específicas ou de um relativo isolamento genético nas localidades onde se desenvolveram. Muitas dessas raças estão extintas ou em extinção fruto da globalização e da competição com raças mais produtivas. Entre as raças autóctones estão:

Raça Ramo Grande dos Açores.
Raça Alentejana, do Alentejo
Raça Arouquesa, de Aveiro
Raça Minhota ou Galega
Raça Maronesa, região da Serra do Marão, Trás-os-Montes
Raça Barrosã, região do Barroso
Raça Cachena, da zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês
Raça Gravonesa
Raça Brava
Raça Mirandesa
Raça Jarmelista ou Jarmeleira, região da Guarda

Usos

Uso pouco comum do boi: a montaria

Esta espécie foi domesticada pelo homem e é explorada para a produção de leite, carne e pele (couro) e também como meio de transporte e animal de carga. Também os ossos são aproveitados, para a fabricação de farinha, sabão e rações animais. O casco e os chifres têm usos diversos e os pêlos das orelhas são usados para a confecção de pincéis artísticos.

Os machos de determinadas raças podem ser também usados como entretenimento nas touradas e nos rodeios.


A carne no consumo humano

Touro Brahman em julgamento (Avaré)

A carne bovina por ser largamente consumida nas mais diversas partes do mundo, principalmente nos países de origem latina, é vendida em pedaços, bifes, moídas com as variantes de nomes dado a cada tipo de carne extraída de determinadas regiões do boi/vaca. Assim temos os seguintes cortes:

Dianteiro:

Acém;
Pescoço - Há bons pratos com essa parte do animal;
Cupim - Usada em churrasco ou em pratos que contenham pouca gordura, pois por natureza é a parte mais gordurosa do boi, é o local aonde o animal guarda sua reserva alimentar;
Paleta;
Peito;

Costela:

Costela;
Fraldinha - Usada em churrasco;
Ponta de agulha;

Traseiro:

Alcatra;
Capa de filé;
Entrecôte ou chuleta;
Contra filé;
Coxão duro;
Coxão mole;
Filé da costa;
Filé mignon
Lagarto;
Músculo dianteiro;
Músculo traseiro;
Patinho;
Picanha - Usada em churrasco;
Ponta de alcatra ou maminha;

Miúdos:

Animela
Bucho ou estômago
Carne de Cabeça
Cérebro
Coração
Fígado
Lábio
Língua
Medula
Omasso
Pulmão
Queixada
Rabo
Rim
Supra-Renal
Tendão

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