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quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Coruja Das Torres


o que são...

Espécie cosmopolita, é muito útil por capturargrande número de roedores. No entanto, o seu voo silencioso e fugaz e o seu grito fantasmagórico, levaram à associação adiversas superstições, frequentemente emseu desfavor.

A Coruja-das-torres, Tyto alba, é uma ave derapina nocturna, pertencente à Ordem dos Strigiformes e à Família Tytonidae.

Tem um comprimento de cerca de 35 cm, uma envergadura que varia entre os 85 e os 93 cm e pesa entre os 200 e os 400 gramas, sendo as fêmeas normalmente maiores doque os machos. Uma das características das corujas desta família é possuírem uma faceem forma de coração.

A plumagem destaespécie é branca no ventre, na face e na parte inferior das asas. As costas e a partesuperior das asas são douradas, com manchas cinzentas e pintas brancas epretas.

As patas são longas e os olhos são pretos.Esta espécie tem sofrido umdeclínio moderado na maiorparte dos países europeus. Este declínio parece estar associado àintensificação da agricultura, àutilização de pesticidas, aoarmazenamento dos cereais emsilos e à subsequente redução deroedores e ao desaparecimento de cavidades naturais e artificiaispara nidificação.

Também o desenvolvimento das redes viárias e ao aumento do tráfego resulta em atropelamentos e na mortalidade a eles associada. Por esta razão, a Coruja-das-torres está classificada naEuropa como uma SPEC 3,ou seja, espécie cuja população global não estáconcentrada na Europa, mas que tem um estatuto deconservação desfavorávelnesse continente.
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A observação de espécies nocturnas reveste-se sempre dedificuldades acrescidas. No entanto, embora não seja aconselhável perturbar estes animais durante o dia, acontece com alguma frequência quando se entra num celeiro ou noutra construção abandonada, encontrar uma Coruja-das-torres. Também quando se viaja de automóvel por regiões em que estas ocorrem, como no Alentejo ou na lezíria ribatejana, não é invulgar verem-se a atravessar a estrada, ou pousadas em postes ou cercas.

Em Portugal, como no resto da Europa, as Corujas-das-torres habitam,preferencialmente, zonas de campos agrícolas, com sebes, taludes e matos.

Frequentemente nidificam em construções abandonadas, em chaminés, sótãos, celeiros, armazéns ou torres de igrejas,mesmo em cidades de grande dimensão.

Noutras situações, frequentam montados e soutos, recorrendo às cavidades das árvores ou rochas para nidificar.como vivem...

Coruja-das-torres apresenta 35 subespécies distribuídas pela Europa, África, Ásia, Oceânia e América. Na Europa a espécie está presente em 36 países, desde a Península Ibérica até à Dinamarca, Polónia e Turquia.

Estima-seque o efectivo populacional se situe entre 120 000 e os 500 000 indivíduos. Em Portugal, estas corujas ocorrem deNorte a Sul do país e também na Ilha da Madeira. Na Península Ibérica asdensidades de Coruja-das-torres devem variar entre 1 e 50 casais por cada 50 Km2.
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como se reproduzem...

A Coruja não constrói ninho. Os ovos são depositados pela ave nos retiros sombrios onde costuma passar o dia, sobre um tapete de regurgitações.

As Corujas-das-torres são geralmente monogâmicas e cabe às fêmeas a incubação dos ovos, ficando os machos encarregues de trazer alimento. A postura pode variar entre os 2 e os 14 ovos, mas mais frequentemente situa-se entre 4 e 7. São postos com um intervalo de 2 dias o que se reflecte no desenvolvimento dos pintos. Inicia-se em Março/Abril e a incubação dura 30 ou 31 dias.Esta ave tem por hábito balançar-se para os lados e soprar ruidosamente, de formaa defender-se dos seus predadores.As crias permanecem no ninho entre 50 a 55 dias, e tornam-se independentes 3 a 5 semanas mais tarde. 50% dos juvenis morrem quando abandonam os pais. Reproduzem-se pela primeira vez com 1 ou 2 anos de idade.Em condições favoráveis podem fazer duas posturas por ano, sendo a segunda em Junho. Em anos maus podem não se reproduzir.
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como caçam...


Tal como outras aves de rapina nocturnas, a Coruja-das-torres consegue ver as suas presas emcondições de luminosidade muito reduzida.

Os seus olhos têm uma grande percentagem de células de luminosidade (claro/escuro) em relação às de cor.A plumagem da coruja amortece o ruído do bater das asas e possibilita um voo silencioso.

A Coruja-da-torres caça frequentemente em campos abertos e utiliza por vezes uma técnica muito particular:
percorre os terrenos semeados a baixa altitude equando detecta um roedor peneira para determinar a sua posição exacta, e deixa-se cair a prumo. Isto acontece a cerca de 2 metros de altura.

Experiências levadas a cabo em cativeiro mostram que estas aves conseguem capturar as suas presas em condições de completa obscuridade,orientando-se exclusivamente pela audição. Os ouvidos são assimétricos, o que permite a detecção correcta dacoordenada vertical tal como da horizontal relativamente à fonte do ruído. Por isso é normal observar corujasem cima de postes - atalaia – tentando determinar o local exacto de um pequeno ruído feito pelas presas. A sua face em forma de coração funciona como uma parabólica ajudando a amplificar o som recebido.
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A coruja-das-torres alimenta-se essencialmente de ratos e musaranhos, mas também alguns pardais, rãs, lagartixas e insectos.´

Em época de reprodução uma casal de corujas caça cerca de 25 ratos por noite de que se alimentam...

Resultados da análise de 30 regurgitações recolhidas em 5-11-2002 na Quinta da Bemposta (Camarnal)Depois de comerem,as corujas regurgitam pelo bico uma massa ovoide que contem tudo aquilo que não pode ser digerido pela ave – ossos ,pelos, penas. A esta regurgitação dá-se o nome de plumada ou egagrópila.As plumadas que se encontram facilmente perto dos locais de pouso habitual das corujas, tem uma forma oval com um diâmetro maior entre 3 e 6 cm. A sua análise permite conhecer o regime alimentar destas rapinas,revelando uma população de pequenos mamíferos da região que de outro modo permaneceria invisível.
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A alteração das construções e arquitectura agrícola tradicional, tem provocado uma diminuição de locais para nidificação e descanso diurno de corujas. A instalação de caixas-ninho artificiais pode ser uma solução. O ideal será a manutenção e adaptação de locais que possibilitem a presença de corujas perto do Homem,sobretudo em áreas agrícolas. Pode-se assim beneficiar do importante papeldesta ave no controle de roedores.

As ameaças às populações das aves de rapina estendem-se desde a poluição e redução dos habitates naturais ao abate por caçadores e à caça furtiva, inclusive de ninhos (para a falcoaria).Nalguns casos, os pesticidas e adubos agrícolas entram nos circuitos da cadeia alimentar e podem ameaçar com gravidade certas espécies, por exemplo, fragilizando-lhes a casca dos ovos, impedindo a sua reprodução.Quanto aos caçadores, por ignorância muitos deles acreditam que estas aves lhes arruinam a caça, o que não é verdade uma vez que se alimentam essencialmente de ratos.O choque com automóveis é frequente pois o seu voo é lento e baixo.A conservação das corujas passatambém pela protecção do seu habitat - as áreas agrícolas e decampo aberto.
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Coruja – Buraqueira




Ficha Técnica

Nome comum: coruja – buraqueira, coruja - martelo, coruja – do - campo.

Nome científico: Speotyto cunicularia

Reino: Animal

Filo: Vertebrado

Classe: Aves

Ordem: Strigiformes

Família: Strigidae

Ave muito interessante e com características peculiares é tida pelo povo grego como a ave da sabedoria. Outros povos porém, acham que causa azar e arrepios seu cantam quando rasga o silêncio nocturno. Dizem ainda que é sinal de mal agouro e que o seu canto está pressagiando alguma tragédia, o que é pura crendice popular, pois o que se sabe é que as corujas são muito úteis ao homem prezando pragas nas lavouras e controlando a população de ratos ao redor das cidades e no campo.
Pode girar seu pescoço em 270º
Características:

A coruja – buraqueira é muito comum pelos campos do Brasil.
Mede em torno de 20-30cm com envergadura de 50-61cm e pesando em média 170g.

Com peito branco e plumagem amarelada o macho é ligeiramente maior que a fêmea, possuem cabeça arredondada e são aves muito tímidas.
Com olhos grandes e amarelos, a coruja-buraqueira tem a visão 100 vezes mais aguçada que a do homem e seus olhos estão dispostos frontalmente, como os do ser humano.

Quando necessita olhar algum objecto ao seu redor gira o pescoço em um ângulo de até 270 graus, aumentando assim o seu campo visual.
Essa disposição frontal, proporciona à coruja uma visão binocular (enxerga um objecto com ambos os olhos e ao mesmo tempo), isso significa que a coruja pode ver objectos em três dimensões, ou seja, altura, largura e profundidade.

Pode julgar distâncias similares ao ser humano e seu campo visual é de 110 graus, sendo 70 graus de visão binocular.
Os olhos da coruja-buraqueira são bem grandes, em algumas espécies de corujas até maiores que o próprio cérebro, a fim de melhorar sua eficiência em condições de baixa luminosidade, captando e processando melhor a luz disponível.

Além de sua privilegiada visão, a coruja-buraqueira é dona de uma audição potentíssima, conseguindo localizar e abater sua presa com apenas este sentido.

Abate preferencialmente pequenos roedores, insectos, anfíbios e pássaros. A coruja é uma ave de rapina, portanto mata para se alimentar. A tradução da palavra rapina é "roubo", o que caracteriza o fato de tais aves retirarem a vida de suas presas.

Rapineira e atenta à tudo a coruja como a grande maioria dos animais possui território de caça. São ""equipadas "" com adaptações especiais que as tornam predadoras eficientes, sendo uma delas o voo.

Sempre muito silenciosa e sorrateira, isso devido às penas especiais de sua asa, muito macias e em grande quantidade, conseguem cortar o ar e planar por muito tempo sendo muito discretas e imperceptíveis às suas presas.

A observação das presas se dá no alto de árvores ou em mourões de cercas nos pastos e até durante o voo silencioso, quando fazem uma varredura na área de caça.
Quando um alvo é avistado a coruja voa silenciosamente até ele, mantendo sua cabeça em linha recta ao alvo, quando então a joga para trás e empurra suas garras para frente a fim de prender seguramente sua presa.
A força do impacto é violenta e certeira não dando chances à presa.
Posteriormente a vítima é morta pela pressão do bico, num processo de abatimento de presas no solo.

O período reprodutivo da coruja-buraqueira começa nos meses de Março e Abril, os ninhos são feitos no solo, aproveitando antigas tocas de tatus ou simplesmente promovem a abertura de novos ninhos, num trabalho revezado entre o casal.

Os ninhos são escavados com os pés e bicos, formando uma galeria horizontal de até 3 m de profundidade por 30cm-60cm de largura.

Em média botam de 6 a 12 ovos, que são incubados por 28 dias pela fêmea; fica por conta do macho proteger o ninho e procurar alimento para toda a prole.

Com 14 dias os filhotes já ficam empoleirados na saída da cova, aos 44 dias saem do ninho e com 60 dias estão caçando pequenos insectos.



terça-feira, 26 de agosto de 2008

TOURO BRAVO




Em defesa do touro bravo.

Como toda a gente sabe, o único e verdadeiro valor genuinamente civilizacional que hoje nos rege é a hipocrisia. E é precisamente em nome da hipocrisia que os (putativos) defensores dos direitos dos animais defendem o fim das touradas e dos touros de morte. Porque se os (putativos) defensores dos direitos dos animais se preocupassem efectivamente com o sofrimento dos animais, deviam preocupar-se com os bois e não com os touros.



Com efeito, em três ou quatro anos de vida do touro, este apenas sofre cerca de 30 minutos, o tempo que dura a lide. O resto do tempo, não há animal que viva junto do homem que tenha vida que se lhe compare. Vive em liberdade, em estado selvagem, inteiro.
Por seu lado, a vida do boi é feita de sofrimento desde que nasce até que morre: capado, amarrado a uma manjedoira quase sem espaço para se mexer, engordado a toque de farinhas e hormonas, para morrer ao fim de 6 meses num matadouro qualquer e sabe-se lá como. É uma vida triste, curta e sem o mínimo de dignidade.



Mas isso não preocupa, obviamente, os tais (putativos) defensores dos direitos dos animais. Na verdade, pouco lhes interessa que a vida do touro seja muito mais longa, saudável e alegre do que a do boi. Porque o que, na realidade, os preocupa não é o sofrimento dos animais, designadamente, do touro, mas (suprema hipocrisia) o facto de os verem sofrer. E como o que aparece na televisão são os 30 minutos da lide...



Ora, os defensores dos direitos dos animais fariam melhor em preocupar-se com os valores civilizacionais que transformaram a vida de certos animais domésticos num espectáculo verdadeiramente degradante do que com as touradas que enobrecem e perpetuam a vida dos touros bravos, proporcionando-lhes uma vida de fazer inveja à dos seus primos bois.Acresce que, se é certo que a tourada é um espectáculo medieval, também é bom não esquecer que, nessa época, a sociedade se regia por valores bem diferentes dos de hoje, designadamente, a honra. Isto só para concluir que nem tudo o que é medieval é forçosamente negativo.Além disso, o fim das touradas significaria, pura e simplesmente, o fim dos touros bravos. E tal como as reservas naturais são o garante da sobrevivência de muitas espécies animais, também as touradas são o único garante da perpetuação da raça dos touros bravos. Não existe um único país que seja criador de touros bravos em que o destino destes não seja as touradas.



É óbvio que todos aqueles que clamam pelo fim das touradas têm a perfeita consciência de que, no dia em que isso suceder, os touros bravos têm os dias contados. Mas a sua extinção tão pouco os preocupa. Antes pelo contrário, desejam-na ardentemente. Só que, depois, não se percebe muito bem por que razão fazem tanto alarido com a extinção de outras espécies que só conhecem da televisão. Ou seja, à boa maneira portuguesa, choram pela extinção de espécies que nunca viram, enquanto contribuem decisivamente para a extinção daquela que têm ao pé da porta.


A Extinção dos Touros?


Quando num dos argumentos contra as touradas vejo isto escrito:
Independentemente de tudo isto, o mais importante é deixar claro que perpetuar uma espécie de animais apenas para que estes possam ser usados em espectáculos que se baseiam no seu sofrimento não é um acto nobre nem louvável. E muito menos favorável ao próprio animal. Se é para isso, que se extingam!
fico a pensar que raio de defensores dos animais são estes!
Será que realmente gostam de animais… já cuidaram de algum?
Vivo no meio de gente dos toiros e digo que são pessoas que amam os animais e sacrificam a sua vida para cuidar deles.

Obviamente que o comentário é bem vindo, mas merece uma análise, e pelos vistos uma explicação.

É necessário notar que esse excerto de texto pertence à página argumentos, mais especificamente ao item:

Se não fossem as Touradas e os seus adeptos, a raça dos Touros Bravos já estava extinta.

Tal como todos os outros itens dessa página, esta é uma reposta a “desculpas” – jamais se poderão classificar como “argumentos” – usuais que os aficionados gostam de declamar como justificação para a existência de um espectáculo bárbaro e que não tem justificação possível, muito menos nos dias de hoje.

Essa frase é precedida de outras que no seu conjunto, como se não bastasse a sua individualidade, refutam esse argumento tão patético.

Se não fossem as Touradas e os seus adeptos, a raça dos Touros Bravos já estava extinta.
Isto é evidentemente falso. Os Pandas e outros animais que correram risco de extinção nunca serviram para as Touradas e continuam a existir. Felizmente existem no nosso país reservas e espaços destinados a que determinadas raças subsistam caso os seus habitats naturais não o permitam. De qualquer forma com certeza de que os aficionados que dizem tanto amar os Touros se esforçariam para que estes sobrevivessem mesmo que não servissem para nada.
Independentemente de tudo isto, o mais importante é deixar claro que perpetuar uma espécie de animais apenas para que estes possam ser usados em espectáculos que se baseiam no seu sofrimento não é um acto nobre nem louvável. E muito menos favorável ao próprio animal. Se é para isso, que se extingam!

Ou seja, esta frase específica não é um argumento contra as touradas, mas sim um argumento que destrói um outro argumento absurdo, que tenta defender a existência das mesmas.
Isto significa que não é de modo algum aceitável que uma qualquer raça ou espécie seja criada – tanto no sentido da manipulação genética como da sua manutenção – apenas porque esta serve para ser explorada e abusada em actividades cruéis e que resultam no seu sofrimento e morte.
Possivelmente os fazendeiros ficavam radiantes quando as escravas tinham filhos pois viam nestes mão-de-obra, ou lucro se quisermos. Já as escravas não deveriam ficar felizes por estarem a condenar os próprios filhos a uma vida de exploração e sofrimento.

Em relação ao comentário:

fico a pensar que raio de defensores dos animais são estes!

Uma pessoa não gostar de ver (ou simplesmente ter conhecimento de que existe) um animal a sofrer, a sangrar, a ser torturado, a ser espancado, a ser morto, … não implica de modo algum que a pessoa seja considerada ou se considere defensora dos animais.
Hoje em dia esta preocupação está associada a outros conceitos como a educação, sensibilidade, cultura, respeito, altruísmo, …
Uma das características do ser Humano é distinguir o certo do errado, o bem do mal, pelo que bom que usufruamos dela.

De igual modo, uma pessoa não tem de gostar de animais para repudiar o seu sofrimento ou os actos de crueldade contra estes.
Ser indiferente aos animais, tal como ser indiferente a certas pessoas, não implica de modo algum ser indiferente ao seu sofrimento, a atrocidades ou injustiças cometidas contra estes.
Não me parece que eu tenha de andar a fazer festas a todos os cães pelos quais passo na rua para ter direito de me insurgir contra alguém que está a espancar um.

Por outro lado, dizer que se “gosta” de, ou até se “ama” um animal e mesmo que se “sacrifica a sua vida para cuidar dele”, quando o objectivo é na realidade sacrificar, maltratar, torturar e fazer sofrer esse mesmo animal, não é mais que um absurdo ou um pensamento doentio.
Claro que se pode tentar perceber o significado de “gostar” ou “amar” neste contexto. Certamente não é nobre, … ou o que se esperaria de tais palavras… Certamente que se enquadra mais na linha do fazendeiro que “gosta” dos seus escravos, ou do traficante ou violador que “ama” as crianças que negoceia, explorar ou abusa.
Sejamos realistas, “gostam” de lucro e “amam” o seu investimento que por acaso é um animal. Um animal bastante evoluído que sofre às custas deste “gosto”.

Será que realmente gostam de animais… já cuidaram de algum?

Apenas poderei responder por mim. Não os como, não os visto, não os uso. Não lhes faço mal. Sim, já cuidei e cuido de vários.

Curiosamente, os animais de que as pessoas normalmente cuidam não lhes trazem quaisquer benefícios económicos – directa ou indirectamente –, antes pelo contrário. Parece ser um gosto desinteressado… autêntico….
Dificilmente se acredita que estas pessoas se regozijassem a ver os animais de que gostam a serem espetados com ferros, a serem cruelmente torturados, a sofrerem até à morte…


Comentários


Como toda a gente sabe, o único e verdadeiro valor genuinamente civilizacional que hoje nos rege é a hipocrisia. E é precisamente em nome da hipocrisia que os (putativos) defensores dos direitos dos animais defendem o fim das touradas e dos touros de morte. Porque se os (putativos) defensores dos direitos dos animais se preocupassem efectivamente com o sofrimento dos animais, deviam preocupar-se com os bois e não com os touros.



Com efeito, em três ou quatro anos de vida do touro, este apenas sofre cerca de 30 minutos, o tempo que dura a lide. O resto do tempo, não há animal que viva junto do homem que tenha vida que se lhe compare. Vive em liberdade, em estado selvagem, inteiro.



Por seu lado, a vida do boi é feita de sofrimento desde que nasce até que morre: capado, amarrado a uma manjedoira quase sem espaço para se mexer, engordado a toque de farinhas e hormonas, para morrer ao fim de 6 meses num matadouro qualquer e sabe-se lá como. É uma vida triste, curta e sem o mínimo de dignidade.



Mas isso não preocupa, obviamente, os tais (putativos) defensores dos direitos dos animais. Na verdade, pouco lhes interessa que a vida do touro seja muito mais longa, saudável e alegre do que a do boi. Porque o que, na realidade, os preocupa não é o sofrimento dos animais, designadamente, do touro, mas (suprema hipocrisia) o facto de os verem sofrer. E como o que aparece na televisão são os 30 minutos da lide...



Ora, os defensores dos direitos dos animais fariam melhor em preocupar-se com os valores civilizacionais que transformaram a vida de certos animais domésticos num espectáculo verdadeiramente degradante do que com as touradas que enobrecem e perpetuam a vida dos touros bravos, proporcionando-lhes uma vida de fazer inveja à dos seus primos bois.



Acresce que, se é certo que a tourada é um espectáculo medieval, também é bom não esquecer que, nessa época, a sociedade se regia por valores bem diferentes dos de hoje, designadamente, a honra. Isto só para concluir que nem tudo o que é medieval é forçosamente negativo.



Além disso, o fim das touradas significaria, pura e simplesmente, o fim dos touros bravos. E tal como as reservas naturais são o garante da sobrevivência de muitas espécies animais, também as touradas são o único garante da perpetuação da raça dos touros bravos. Não existe um único país que seja criador de touros bravos em que o destino destes não seja as touradas.



É óbvio que todos aqueles que clamam pelo fim das touradas têm a perfeita consciência de que, no dia em que isso suceder, os touros bravos têm os dias contados. Mas a sua extinção tão pouco os preocupa. Antes pelo contrário, desejam-na ardentemente. Só que depois não se percebe muito bem por que razão fazem tanto alarido com a extinção de outras espécies que só conhecem da televisão. Ou seja, à boa maneira portuguesa, choram pela extinção de espécies que nunca viram, enquanto contribuem decisivamente para a extinção daquela que têm ao pé da porta.

Gado Bovino



O gado bovino é composto por bois - termo que, em sentido amplo, dá nome ao animal mamífero, ruminante, artiodáctilo, com par de chifres não ramificados, ocos e permanentes, do gênero Bos em que se incluem as espécies domesticadas pelo homem.

O boi, em sentido estrito, é o macho castrado, sem possibilidade reprodutiva da espécie Bos taurus (família Bovidae), sendo também usado na denominação vernacular do indivíduo pertencente ao gado bovino.

A vaca é a fêmea desta espécie e o touro é o macho com os testículos intactos, com aptidão reprodutiva. É um mamífero, artiodáctilo e ruminante. Seus chifres são em par, ocos, não ramificados e permanentes. Uma curiosa característica dessa espécie é a presença de tetas; de fato, os bois apresentam glândulas mamárias proeminentes, em nada distinguíveis das tetas da vaca.


Possui duas subespécies, a saber: Bos taurus taurus (gado taurino, de origem européia) e Bos taurus indicus (gado zebuíno, de origem asiática). Os cruzamentos entre os indivíduos de ambas as divisões é freqüente tanto em programas de melhoramento genético dos rebanhos, quanto em propriedades aonde a monta é natural e sem controle algum. Esses híbridos são muito usados para combinar a produtividade do gado taurino com a rusticidade e adaptabilidade a meios tropicais do gado zebu.



Leite - bezerro mamando

O gado doméstico descende do auroque na Europa e do guar na Ásia, começou a ser domesticado entre 5.000 e 6.000 anos atrás, servindo como animal de carga ou fornecendo carne, leite e couro. Era pouco comum criar gado para alimentação. O animal era comido apenas se morresse ou não fosse mais útil para carga ou para fornecer leite. Ao contrário da cabra, também servia como animal de carga, mas precisava de pastagens maiores. Hoje em dia, no entanto, os bovinos são largamente utilizados para a produção de proteína cárnea. A cadeia produtiva da carne engloba vários ramos de negócios, que vão desde a fabricação de ração e o ensino de profissionais qualificados (Médicos veterinários, zootecnistas, agrônomos) até empresas de consultoria em sistemas de comércio exterior.



Principais raças de bovinos criadas no Brasil

As raças foram desenvolvidas com vista na especialização em determinado tipo produtivo. Tem-se as principais:

Subespécie B. taurus taurus



Exemplar de touro da raça Nelore, em Avaré

Angus - do nordeste da Escócia, sem chifres, para corte



Caracu - para corte e como animal de tração
Charolais ou charolês - para carne
Devon
Frísia, ou Holstein - para leite
Hereford
Holandês
Limousin - da França
Nguni, típica de África
Simental ou semental ou suíça-malhada

Subespécie B. taurus indicus


Exemplar de touro da raça Guzerá, em Avaré

Brahman ou zebu americano, sagrado na Índia



Gir - do sul da Índia
Guzerá - Guzerat ou Kankrej, principal raça da Índia
Hariana
Nelore no Brasil, chamada Ongole na Índia - para corte
Zebu

Raças "sintéticas" brasileiras



Frutos de cruzamentos entre as demais:

Naobrasil - cruzamento de Nelore e Zebu
Simbrasil - cruzamento de Simental e Zebu para corte
Girolando - cruzamento de Holandês e Gir com dupla aptidão
Toledo - cruzamento de Holandês e Simental
Bravon - cruzamento de Devon e Brahman para corte
Canchim - cruzamento de Charolais e Zebu



Principais raças de bovinos criadas em Portugal

Raças autóctones portuguesas


Vaca barrosã

Para além das raças que conseguiram grande expansão quantitativa e geográfica, como as atrás indicadas, existem milhares de raças autóctones, resultantes de pressões selectivas específicas ou de um relativo isolamento genético nas localidades onde se desenvolveram. Muitas dessas raças estão extintas ou em extinção fruto da globalização e da competição com raças mais produtivas. Entre as raças autóctones estão:

Raça Ramo Grande dos Açores.
Raça Alentejana, do Alentejo
Raça Arouquesa, de Aveiro
Raça Minhota ou Galega
Raça Maronesa, região da Serra do Marão, Trás-os-Montes
Raça Barrosã, região do Barroso
Raça Cachena, da zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês
Raça Gravonesa
Raça Brava
Raça Mirandesa
Raça Jarmelista ou Jarmeleira, região da Guarda

Usos

Uso pouco comum do boi: a montaria

Esta espécie foi domesticada pelo homem e é explorada para a produção de leite, carne e pele (couro) e também como meio de transporte e animal de carga. Também os ossos são aproveitados, para a fabricação de farinha, sabão e rações animais. O casco e os chifres têm usos diversos e os pêlos das orelhas são usados para a confecção de pincéis artísticos.

Os machos de determinadas raças podem ser também usados como entretenimento nas touradas e nos rodeios.


A carne no consumo humano

Touro Brahman em julgamento (Avaré)

A carne bovina por ser largamente consumida nas mais diversas partes do mundo, principalmente nos países de origem latina, é vendida em pedaços, bifes, moídas com as variantes de nomes dado a cada tipo de carne extraída de determinadas regiões do boi/vaca. Assim temos os seguintes cortes:

Dianteiro:

Acém;
Pescoço - Há bons pratos com essa parte do animal;
Cupim - Usada em churrasco ou em pratos que contenham pouca gordura, pois por natureza é a parte mais gordurosa do boi, é o local aonde o animal guarda sua reserva alimentar;
Paleta;
Peito;

Costela:

Costela;
Fraldinha - Usada em churrasco;
Ponta de agulha;

Traseiro:

Alcatra;
Capa de filé;
Entrecôte ou chuleta;
Contra filé;
Coxão duro;
Coxão mole;
Filé da costa;
Filé mignon
Lagarto;
Músculo dianteiro;
Músculo traseiro;
Patinho;
Picanha - Usada em churrasco;
Ponta de alcatra ou maminha;

Miúdos:

Animela
Bucho ou estômago
Carne de Cabeça
Cérebro
Coração
Fígado
Lábio
Língua
Medula
Omasso
Pulmão
Queixada
Rabo
Rim
Supra-Renal
Tendão

Cavalos



O cavalo (do latim caballu) é um mamífero hipomorfo, da ordem dos ungulados, uma das sete espécies modernas do género Equus. Esse grande ungulado é membro da mesma família dos asnos e das zebras, a dos eqüídeos. Todos os sete membros da família dos equídeos são do mesmo género, Equus, e podem relacionar-se e produzir híbridos, não férteis, como as mulas. Os cavalos têm longas patas de um só dedo cada. Os cavalos (Equus caballus) são perfeitamente adaptados a diversos desportos e jogos, como corrida, pólo, provas de ensino ou equitação, ao trabalho e até à equoterapia (recuperação da coordenação motora de certos deficientes físicos).

Esses animais dependem da velocidade para escapar a predadores. São animais sociais, que vivem em grupos liderados por matriarca. Os cavalos usam uma elaborada linguagem corporal para comunicar uns com os outros, a qual os humanos podem aprender a compreender para melhorar a comunicação com esses animais. Sua longevidade varia de 25 a 30 anos.

O cavalo teve, durante muito, tempo um papel importante no transporte; fosse como montaria, ou puxando uma carruagem, uma carroça, uma diligência, um bonde, etc.; também nos trabalhos agrícolas, como animal para a arar, etc. assim como comida. Até meados do século XX, exércitos usavam cavalos de forma intensa em guerras: soldados ainda chamam o grupo de máquinas que agora tomou o lugar dos cavalos no campo de batalha de "unidades de cavalaria", algumas vezes mantendo nomes tradicionais (Cavalo de Lord Strathcona, etc.)

Como curiosidade, a raça mais rápida de cavalo, o famoso thoroughbred (puro sangue inglês ou PSI) alcança em média a incrível velocidade de 17 m/s (~60 km/h).


História


Descendente de uma linha evolutiva com cerca de sessenta milhões de anos, numa linhagem que parece ter-se iniciado com o Hyracohteriun - um animal primitivo com cerca de 40 cm de altura. Os antecessores do cavalo, são originários do Norte da América mas extinguiram-se aí por volta do Pleistoceno há cerca de cento e vinte mil anos. Os cavalos selvagens originais eram de constituição mais robusta do que as raças de membros esguios que existem na actualidade.


A evolução do cavalo.Há cinqüenta milhões de anos atrás, uma pequena criatura semelhante a uma lebre, possuindo quatro dedos nas patas dianteiras e três em cada pata traseira, corria através de densas e úmidas vegetações rasteiras, alimentando-se de suculentas plantas e pastagens. Pelo fato de poder fugir e esconder-se de seus destruidores, o pequeno mamífero conseguiu prosperar. Esse animal era Eohippus, o antecessor do cavalo moderno.

Poucos animais possuem um registro tão antigo e completo como o cavalo. Através do estudo de sua história, toma-se conhecimento dos efeitos causados pela crescente mudança do meio-ambiente na batalha do animal pela sobrevivência e das adaptações que foram sendo necessárias durante o processo de sua evolução. Com a mudança gradual do clima, a terra se tornou mais seca, e os pântanos foram cedendo lugar a extensas planícies gramadas. De Eohippus, no espaço de vinte milhões de anos aproximadamente, evoluiu Mesohippus, maior e mais musculoso, possuindo três dedos e patas mais longas. Seus dentes, ligeiramente modificados, eram mais adequados para puxar a grama do que para pastar nos arbustos e musgos dos pântanos.



Outros vinte milhões de anos transcorreram, e apareceu Merychippus, no qual apenas o dedo do meio, bem maior, tocava o solo quando o animal corria, sendo que os dedos laterais, assaz reduzidos em tamanho, eram usados somente em terreno molhado e pantanoso. Esse cavalo tinha o porte de um cão, com dentes notavelmente diferentes: mais adequados para triturar a mastigar. A cabeça possuía maior flexibilidade em sua base, sendo proporcionalmente mais longa do que a de seus antecessores, e assim o animal pastava com mais facilidade.

Pliohippus, o primeiro cavalo de um dedo só, apareceu na época pliocênica. Era um animal adaptado para desenvolver maior velocidade em descampados e pradarias, para evitar a captura. Estava-se, então a um passo do surgimento do Equus, o cavalo moderno, cuja estrutura de pata é formada pelos ossos do dedo central e cuja unha alargou-se enormemente, formando o casco. Equus, pequeno, mais robusto e fértil, capaz de suportar os mais rudes climas, prosperou e espalhou-se pelo mundo.

Cavalos, asnos e zebras pertencem à família eqüídea e caracterizam-se por um dedo funcional em cada pata, o que os situa entre os monodáctilos. As outras duas falanges formam a quartela e o osso metatársico, os quais são ligados pelo machinho, junta que possui grande flexibilidade, e à qual se deve a facilidade que apresenta o animal para amortecer o choque com o solo após saltar grandes obstáculos.

O machinho é responsável também pela capacidade do animal de desenvolver grande velocidade sobre terrenos ondulados e, ainda, por sua habilidade em esquivar-se agilmente de obstáculos, voltar-se sobre si mesmo e correr em sentido oposto, em verdadeiras manobras de fuga. O nascimento dos dentes acontece de maneira a permitir que os mesmos possam ser usados, sem que apresentem qualquer problema, desde o nascimento do animal até que este complete oito anos, aproximadamente.

Os cavalos, de maneira geral, são muito semelhantes em sua forma física, possuindo corpos bem proporcionados, ancas possantes e musculosas e pescoços longos que sustentam as cabeças de acentuada forma triangular. As orelhas são pontudas e móveis, alertas ante qualquer som, e a audição é aguçada. Os olhos, situados na parte mais alta da cabeça e bem separados um do outro, permitem uma visão quase circular e as narinas farejam imediatamente qualquer sinal de perigo. O pêlo forma uma crina ao longo do pescoço, possivelmente para proteção. A maioria dos inimigos do animal, membros da família dos felinos, por exemplo, costuma saltar sobre o dorso do cavalo e mordê-lo no pescoço.

Cavalos selvagens foram difundidos na Ásia e Europa em épocas pré-históricas, mas as vastas manadas foram se esgotando através das caçadas e capturas para domesticação. O Tarpan (cavalo selvagem da Tartária) sobreviveu até 1850 na Ucrânia, Polônia e Hungria, países de onde se originou. Acredita-se que seja o antecessor do cavalo Árabe e de outros puros-sangues. Pequeno, tímido e veloz, o Tarpan possuía uma pelagem longa e de tonalidade cinzento-pálida, com uma faixa negra sobre o dorso. A crina era ereta e a cauda coberta por pêlos longos e ásperos. Evoluiu durante a época glacial, quando os cavalos que viviam em florestas foram forçados a se deslocar para o sul, onde, então, cruzaram-se com os animais locais, que viviam em planícies. Desde 1932, esforços têm sido desenvolvidos no sentido de recriar o Tarpan, e vários parques zoológicos já possuem grupos de Tarpans. Os pequenos cavalos representados nas pinturas de cavernas em Lasceaux, França, são, quase certamente, Tarpans.


O Przewalski teve seu nome derivado do explorador russo que descobriu uma imensa tropa dessa raça em 1881. Também conhecido como cavalo-selvagem-da-mongólia, foi quase completamente extinto no fim do século, e os sobreviventes são cuidadosamente conservados cativos e em estado selvagem. O cavalo-de-przewalski é um animal baixo e compacto, de coloração clara como a areia, possuindo uma listra negra sobre o dorso e uma crina negra e ereta. A cauda é negra e coberta por pêlos. Possui também protuberâncias, conhecidas como calosidades, na face interna das pernas. Sendo um animal fértil e de rápido amadurecimento, não deveria ser difícil manter um núcleo saudável de reprodutores para que fossem novamente supridas as áreas nas quais viviam originalmente.

Por volta do ano 2000 a.C., o homem começou a usar o cavalo para propósitos outros além daquele da alimentação, e, devido à sua intervenção no esquema natural das coisas, o processo evolutivo foi acelerado por seleção artificial, dando origem assim à grande diversidade de raças, tamanhos, formas e pelagens, que pode ser apreciada nos tempos atuais.



Medusas


As medusas, mães d'água (também chamadas de alforrecas em Portugal e águas-vivas no Brasil) são animais pertencentes ao filo Cnidaria e à classe Scyphozoa, mas também se usam estes nomes vulgares para os representantes das classes Hydrozoa e Cubozoa. Quase todas as medusas vivem nos oceanos, como componentes do zooplâncton.

Como todos os cnidários, o corpo das medusas é basicamente um saco com simetria radial formado por duas camadas de células - a epiderme, no exterior, e a gastroderme no interior - com uma massa gelatinosa entre elas, chamada mesogleia e aberto para o exterior. Ao redor da abertura, chamada arquêntero, as medusas ostentam uma coroa de tentáculos com células urticantes, os cnidócitos, capazes de ejectar um minúsculo espinho que contém uma toxina, o nematocisto. As medusas usam estes "aparelhos" não só para se defenderem dos predadores, mas também para imobilizarem uma presa, como um pequeno peixe, para se alimentarem. O corpo das medusas é formado por 95-99% de água.

Uma das medusas mais comuns é a medusa de lua (Aurelia aurita), que se encontra em quase todos os Oceanos do mundo.


Ontogenia e reprodução

Os cnidários passam por várias fases e metamorfoses durante o seu ciclo de vida. Do ovo liberta-se uma larva chamada plânula pelágica em forma de pera e completamente ciliada que, quando encontra um substrato apropriado se fixa e se transforma num pólipo.

Os pólipos reproduzem-se assexuadamente formando gomos que são réplicas menores do pólipo-pai. Estes gomos podem libertar-se e fixar-se noutro substrato ou podem iniciar o processo de estrobilação, dividindo-se em discos sobrepostos que se libertam como larvas pelágicas chamadas éfiras que vão dar origem a novas medusas sexuadas.

Durante a reprodução sexual, as medusas libertam os produtos sexuais (óvulos e espermatozóides) na água, onde se dá a fertilização.

Anatomia das medusas

Como todos os cnidários, as medusas têm nos tentáculos células urticantes chamadas cnidócitos que produzem os nematocistos, os túbulos urticantes. Quando uma presa entra em contacto com um tentáculo, centenas ou milhares de nematocistos são ejectados sobre a presa, paralisando-a. Com os tentáculos, o animal leva a presa para a "boca" - o arquêntero - por onde entra na cavidade central - o celêntero - para ser digerida.


Tipo de medusaOs cnidócitos são activados por um simples mas efectivo sistema nervoso, formado por uma rede de células da epiderme. Os impulsos destas células são enviadas para o anel nervoso, assim como os dos ropálios que são verdadeiros órgãos dos sentidos, incluindo ocelos, que não são verdadeiros olhos, mas são sensíveis à luz.

Algumas medusas albergam zooxantelas, algas simbiontes que lhes fornecem energia - mas apenas na presença da luz e, por isso, as medusas realizam migrações para aproveitar o máximo da luz solar.

Estes animais não têm um verdadeiro sistema digestivo, nem sistema excretor - são as células da gastroderme que executam essas funções. A troca de fluidos e gases é efectuada através da expansão e redução do celêntero, realizada por células musculares na parede do corpo, que assim promovem a entrada e saída de água, para além do seu próprio movimento na água. Por esta razão, diz-se que as medusas têm um "esqueleto hidrostático".

Apesar das cnidas, a maioria das medusas não são perigosas para o homem. Ao contrário do que se pensa, a perigosa garrafa azul (Physalia), não é uma medusa, mas uma colónia de pólipos da classe Hydrozoa.